domingo, 21 de abril de 2013

O SISTEMA DIGESTÓRIO


O sistema digestório humano é formado por um longo tubo musculoso, ao qual estão associados órgãos e glândulas que participam da digestão. Apresenta as seguintes regiões: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e ânus.

A parede do tubo digestivo, do esôfago ao intestino, é formada por quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventícia.



BOCA

A abertura pela qual o alimento entra no tubo digestivo é a boca. Aí encontram-se os dentes e a língua, que preparam o alimento para a digestão, por meio da mastigação. Os dentes reduzem os alimentos em pequenos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas.

Características dos dentes


Os dentes são estruturas duras, calcificadas, presas ao maxilar superior e mandíbula, cuja atividade principal é a mastigação. Estão implicados, de forma direta, na articulação das linguagens.  Os nervos sensitivos e os vasos sanguíneos do centro de qualquer dente estão protegidos por várias camadas de tecido. A mais externa, o esmalte, é a substância mais dura. Sob o esmalte, circulando a polpa, da coroa até a raiz, está situada uma camada de substância óssea chamada dentina. A cavidade pulpar é ocupada pela polpa dental, um tecido conjuntivo frouxo, ricamente vascularizado e inervado. Um tecido duro chamado cemento separa a raiz do ligamento Peri dental, que prende a raiz e liga o dente à gengiva e à mandíbula, na estrutura e composição química assemelha-se ao osso; dispõe-se como uma fina camada sobre as raízes dos dentes. Através de um orifício aberto na extremidade da raiz, penetram vasos sanguíneos, nervos e tecido conjuntivo.

Tipos de dentes 
Em sua primeira dentição, o ser humano tem 20 peças que recebem o nome de dentes de leite. À medida que os maxilares crescem, estes dentes são substituídos por outros 32 do tipo permanente. As coroas dos dentes permanentes são de três tipos: os incisivos, os caninos ou presas e os molares. Os incisivos têm a forma de cinzel para facilitar o corte do alimento. Atrás dele, há três peças dentais usadas para rasgar. A primeira tem uma única cúspide pontiaguda. Em seguida, há dois dentes chamados pré-molares, cada um com duas cúspides. Atrás ficam os molares, que têm uma superfície de mastigação relativamente plana, o que permite triturar e moer os alimentos.
 
 
A língua
            A língua movimenta o alimento empurrando-o em direção a garganta, para que seja engolido. Na superfície da língua existem dezenas de papilas gustativas, cujas células sensoriais percebem os quatro sabores primários: amargo (A), azedo ou ácido (B), salgado (C) e doce (D). De sua combinação resultam centenas de sabores distintos. A distribuição dos quatro tipos de receptores gustativos, na superfície da língua, não é homogênea.
A presença de alimento na boca, assim como sua visão e cheiro, estimulam as glândulas salivares a secretar saliva, que contém a enzima amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras substâncias. A amilase salivar digere o amido e outros polissacarídeos (como o glicogênio), reduzindo-os em moléculas de maltose (dissacarídeo). Três pares de glândulas salivares lançam sua secreção na cavidade bucal: parótida, submandibular e sublingual:
  • Glândula parótida - Com massa variando entre 14 e 28 g, é a maior das três; situa-se na parte lateral da face, abaixo e adiante do pavilhão da orelha.
  • Glândula submandibular - É arredondada, mais ou menos do tamanho de uma noz.
  • Glândula sublingual - É a menor das três; fica abaixo da mucosa do assoalho da boca.
As glândulas salivares
O sais da saliva neutralizam substâncias ácidas e mantêm, na boca, um pH neutro (7,0) a levemente ácido (6,7), ideal para a ação da ptialina. O alimento, que se transforma em bolo alimentar, é empurrado pela língua para o fundo da faringe, sendo encaminhado para o esôfago, impulsionado pelas ondas peristálticas (como mostra a figura do lado esquerdo), levando entre 5 e 10 segundos para percorrer o esôfago. Através dos peristaltismo, você pode ficar de cabeça para baixo e, mesmo assim, seu alimento chegará ao intestino. Entra em ação um mecanismo para fechar a laringe, evitando que o alimento penetre nas vias respiratórias.
Quando a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, permite a passagem do alimento para o interior do estômago.

FARINGE E ESÔFAGO

A faringe, situada no final da cavidade bucal, é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório: por ela passam o alimento, que se dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à laringe.

O esôfago, canal que liga a faringe ao estômago, localiza-se entre os pulmões, atrás do coração, e atravessa o músculo diafragma, que separa o tórax do abdômen. O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorre-lo.
 
ESTÔMAGO E SUCO GÁSTRICO

O estômago é uma bolsa de parede musculosa, localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, logo abaixo das últimas costelas. É um órgão muscular que liga o esôfago ao intestino delgado. Sua função principal é a digestão de alimentos protéicos. Um músculo circular, que existe na parte inferior, permite ao estômago guardar quase um litro e meio de comida, possibilitando que não se tenha que ingerir alimento de pouco em pouco tempo. Quando está vazio, tem a forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas partes se unem por ângulos agudos.

Segmento superior: é o mais volumoso, chamado "porção vertical". Este compreende, por sua vez, duas partes superpostas; a grande tuberosidade, no alto, e o corpo do estômago, abaixo, que termina pela pequena tuberosidade.

Segmento inferior: é denominado "porção horizontal", está separado do duodeno pelo piloro, que é um esfíncter. A borda direita, côncava, é chamada pequena curvatura; a borda esquerda, convexa, é dita grande curvatura. O orifício esofagiano do estômago é o cárdia.

As túnicas do estômago: o estômago compõe-se de quatro túnicas; serosa (o peritônio), muscular (muito desenvolvida), submucosa (tecido conjuntivo) e mucosa (que secreta o suco gástrico). Quando está cheio de alimento, o estômago torna-se ovóide ou arredondado. O estômago tem movimentos peristálticos que asseguram sua homogeneização.

O estômago produz o suco gástrico, um líquido claro, transparente, altamente ácido, que contêm ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O ácido clorídrico mantém o pH do interior do estômago entre 0,9 e 2,0. Também dissolve o cimento intercelular dos tecidos dos alimentos, auxiliando a fragmentação mecânica iniciada pela mastigação.

A pepsina, enzima mais potente do suco gástrico, é secretada na forma de pepsinogênio. Como este é inativo, não digere as células que o produzem. Por ação do ácido cloródrico, o pepsinogênio, ao ser lançado na luz do estômago, transforma-se em pepsina, enzima que catalisa a digestão de proteínas. 
 
 
A pepsina, ao catalizar a hidrólise de proteínas, promove o rompimento das ligações peptídicas que unem os aminoácidos. Como nem todas as ligações peptídicas são acessíveis à pepsina, muitas permanecem intactas. Portanto, o resultado do trabalho dessa enzima são oligopeptídeos e aminoácidos livres.
 A renina, enzima que age sobre a caseína, uma das proteínas do leite, é produzida pela mucosa gástrica durante os primeiros meses de vida. Seu papel é o de flocular a caseína, facilitando a ação de outras enzimas proteolíticas.
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada de muco, que a protege da agressão do suco gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem protegidas por essa densa camada de muco, as células da mucosa estomacal são continuamente lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. Por isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. Estima-se que nossa superfície estomacal seja totalmente reconstituída a cada três dias. Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o ataque e a proteção, o que resulta em inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou mesmo no aparecimento de feridas dolorosas que sangram (úlceras gástricas).
A mucosa gástrica produz também o fator intrínseco, necessário à absorção da vitamina B12.
O bolo alimentar pode permanecer no estômago por até quatro horas ou mais e, ao se misturar ao suco gástrico, auxiliado pelas contrações da musculatura estomacal, transforma-se em uma massa cremosa acidificada e semilíquida, o quimo.
Passando por um esfíncter muscular (o piloro), o quimo vai sendo, aos poucos, liberado no intestino delgado, onde ocorre a maior parte da digestão.
INTESTINO DELGADO
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6 m de comprimento por 4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm), jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm).
A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro, esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conteúdo no intestino.
A digestão do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras porções do jejuno. No duodeno atua também o suco pancreático, produzido pelo pâncreas, que contêm diversas enzimas digestivas. Outra secreção que atua no duodeno é a bile, produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. Os sais biliares têm ação detergente, emulsificando ou emulsionando as gorduras (fragmentando suas gotas em milhares de microgotículas).
 
O suco pancreático, produzido pelo pâncreas, contém água, enzimas e grandes quantidades de bicarbonato de sódio. O pH do suco pancreático oscila entre 8,5 e 9. Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise da maioria das moléculas de alimento, como carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos nucléicos.
A amilase pancreática fragmenta o amido em moléculas de maltose; a lípase pancreática hidrolisa as moléculas de um tipo de gordura – os triacilgliceróis, originando glicerol e álcool; as nucleases atuam sobre os ácidos nucléicos, separando seus nucleotídeos.O suco pancreático contém ainda o tripsinogênio e o quimiotripsinogênio, formas inativas em que são secretadas as enzimas proteolíticas tripsina e quimiotripsina. Sendo produzidas na forma inativa, as proteases não digerem suas células secretoras. Na luz do duodeno, o tripsinogênio entra em contato com a enteroquinase, enzima secretada pelas células da mucosa intestinal, convertendo-se me tripsina, que por sua vez contribui para a conversão do precursor inativo quimiotripsinogênio em quimiotripsina, enzima ativa.

 
A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam polipeptídios, transformando-os em oligopeptídeos. A pepsina, a tripsina e a quimiotripsina rompem ligações peptídicas específicas ao longo das cadeias de aminoácidos.
A mucosa do intestino delgado secreta o suco entérico, solução rica em enzimas e de pH aproximadamente neutro. Uma dessas enzimas é a enteroquinase. Outras enzimas são as dissacaridades, que hidrolisam dissacarídeos em monossacarídeos (sacarase, lactase, maltase). No suco entérico há enzimas que dão seqüência à hidrólise das proteínas: os oligopeptídeos sofrem ação das peptidases, resultando em aminoácidos.


Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos do intestino passam ao fígado para serem distribuídos pelo resto do organismo. Os produtos da digestão de gorduras (principalmente glicerol e ácidos graxos isolados) chegam ao sangue sem passar pelo fígado, como ocorre com outros nutrientes. Nas células da mucosa, essas substâncias são reagrupadas em triacilgliceróis (triglicerídeos) e envelopadas por uma camada de proteínas, formando os quilomícrons, transferidos para os vasos linfáticos e, em seguida, para os vasos sangüíneos, onde alcançam as células gordurosas (adipócitos), sendo, então, armazenados.

 INTESTINO GROSSO

É o local de absorção de água, tanto a ingerida quanto a das secreções digestivas. Uma pessoa bebe cerca de 1,5 litros de líquidos por dia, que se une a 8 ou 9 litros de água das secreções. Glândulas da mucosa do intestino grosso secretam muco, que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e eliminação pelo ânus. 

Mede cerca de 1,5 m de comprimento e divide-se em ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e reto. A saída do reto chama-se ânus e é fechada por um músculo que o rodeia, o esfíncter anal.

Numerosas bactérias vivem em mutualismo no intestino grosso. Seu trabalho consiste em dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, reforçar o movimento intestinal e proteger o organismo contra bactérias estranhas, geradoras de enfermidades.

As fibras vegetais, principalmente a celulose, não são digeridas nem absorvidas, contribuindo com porcentagem significativa da massa fecal. Como retêm água, sua presença torna as fezes macias e fáceis de serem eliminadas.

O intestino grosso não possui vilosidades nem secreta sucos digestivos, normalmente só absorve água, em quantidade bastante consideráveis. Como o intestino grosso absorve muita água, o conteúdo intestinal se condensa até formar detritos inúteis, que são evacuados.

GLÂNDULAS ANEXAS

Pâncreas

O pâncreas é uma glândula mista, de mais ou menos 15 cm de comprimento e de formato triangular, localizada transversalmente sobre a parede posterior do abdome, na alça formada pelo duodeno, sob o estômago. O pâncreas é formado por uma cabeça que se encaixa no quadro duodenal, de um corpo e de uma cauda afilada. A secreção externa dele é dirigida para o duodeno pelos canais de Wirsung e de Santorini. O canal de Wirsung desemboca ao lado do canal colédoco na ampola de Vater. O pâncreas comporta dois órgãos estreitamente imbricados: pâncreas exócrino e o endócrino.

O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas, em estruturas reunidas denominadas ácinos. Os ácinos pancreáticos estão ligados através de finos condutos, por onde sua secreção é levada até um condutor maior, que desemboca no duodeno, durante a digestão.

O pâncreas endócrino secreta os hormônios insulina e glucagon, já trabalhados no sistema endócrino.

Fígado

É o maior órgão interno, e é ainda um dos mais importantes. É a mais volumosa de todas as vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem cor arroxeada, superfície lisa e recoberta por uma cápsula própria. Está situado no quadrante superior direito da cavidade abdominal.

O tecido hepático é constituído por formações diminutas que recebem o nome de lobos, compostos por colunas de células hepáticas ou hepatócitos, rodeadas por canais diminutos (canalículos), pelos quais passa a bile, secretada pelos hepatócitos. Estes canais se unem para formar o ducto hepático que, junto com o ducto procedente da vesícula biliar, forma o ducto comum da bile, que descarrega seu conteúdo no duodeno.

As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar as substâncias nutritivas e a excretar os materiais residuais e as toxinas, bem como esteróides, estrógenos e outros hormônios. O fígado é um órgão muito versátil. Armazena glicogênio, ferro, cobre e vitaminas. Produz carboidratos a partir de lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas outras substâncias. O termo hepatite é usado para definir qualquer inflamação no fígado, como a cirrose.

Funções do fígado:

  • Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, assim, a ação da lipase;
  • Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, que são relançadas na circulação; 
  • Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células;
  • Metabolizar lipídeos;
  • Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras;
  • Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do organismo;
  • Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile.

 

sábado, 20 de abril de 2013

SISTEMA RESPIRATÓRIO


O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões.


Fossas nasais: são duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamada cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traquéia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Têm as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar.
Faringe: é um canal comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe.

 

Laringe: é um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe.
A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de “lingüeta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias.
O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar.


 


Traquéia: é um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas. 

 


Pulmões: Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória.

 

Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares.
Diafragma: A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, um fino músculo que separa o tórax do abdômen (presente apenas em mamíferos) promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios.  Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma (ver controle da respiração)


Imagem: SÉRIE ATLAS VISUAIS. O corpo Humano. Ed. Ática, 1997.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

SISTEMA CIRCULATÓRIO




Introdução:

É uma vasta rede de tubos, de vários tipos e calibres, que está em comunicação com todas partes do corpo. Dentro desses tubos circula sangue, impulsionado pelas contrações rítmicas do coração.
Funções:

·         Levar alimento e o2 a todas células do corpo;
·         Remover c02 e excreções nitrogenadas que as células produzem;
·         Contém células especializadas em combater invasores, que protegem o organismo contra infecções.

Mediastino:

Situa-se na caixa torácica, no espaço entre os pulmões, o esterno, a coluna vertebral e o diafragma. Nesse espaço localiza-se o coração, os vasos sangüíneos e linfáticos, o esôfago, a traquéia, o timo e as fibras nervosas.

 Vasos sangüíneos:

A) artérias: são os vasos que saem do coração, no caso dos ventrículos, e levam sangue para todo o corpo. são constituídas por três camadas: a intima, túnica media e adventícia.

·         Artéria pulmonar
·         artéria aorta;
·         artérias subclavia;
·         artérias carótidas
·         Tronco celíaco;
·         artérias mesentéricas; 
·         artérias renais.

B) veias: ao nível dos órgãos, as artérias transformam-se em vasos de calibre cada vez menor, até se converterem em capilares. Estes transformam-se em vasos cada vez maiores, a medida em que se aproximam do coração transformam-se em veias. As mais grossas transportam sangue venoso da periferia, do corpo para o átrio direito ou arterial do pulmão para o átrio esquerdo. 




Coração

É um órgão musculoso que se localiza no meio do peito, sob o esterno, ligeiramente para esquerda, tem a função de bomba indispensável a circulação do sangue, portanto, a vida. Esta função e regulada pelo SNA mediante o sistema de condução elétrica do coração. É formado por musculatura estriada.
Situa-se na caixa torácica, no espaço entre os pulmões, o esterno, a coluna  vertebral e o diafragma (mediastino). Nesse espaço  localiza-se o coração, os vasos sanguíneas  e linfáticos o esôfago, a traquéia o timo e as fibras nervosa.

O coração e envolvido por três camadas que formam sua estrutura. São elas:

·         Pericárdio: camada externa;
·         Miocárdio: camada media;
·         Endocárdio: camada interna.


O coração é dividido em quatro cavidades:

·         Átrio direito;
·         Átrio esquerdo;
·         Ventrículo direito;
·         Ventrículo esquerdo;

Valvas do coração:

Valvas atrioventriculares
valvas direita e esquerda; tricúspide à direita; bicúspide (mitral) à esquerda.

Função: impedem o refluxo sangüíneo para os átrios durante a contração ventricular.
Valvas das artérias (semilunares)
do tronco pulmonar e da aorta
Função impedem o refluxo do sangue da aorta e do tronco pulmonar após contração ventricular.

Vascularização do miocárdio:
artéria coronária direita – irriga margem inferior, ápice e sulco interventricular posterior (ventrículo direito e esquerdo).


artéria coronária esquerda – irriga face posterior do átrio esquerdo


Vasos associados ao coração

Veia cava superior e veia cava inferior – retornam o sangue venoso do corpo para átrio direito.
Tronco pulmonar – conduzem sangue venoso, do ventrículo direito para os pulmões.
Veias pulmonares – conduzem sangue arterial, dos pulmões para o átrio esquerdo.
Aorta – conduzem sangue arterial do ventrículo esquerdo para o organismo.
 Fisiologia cardíaca:
A) Sistema de condução sangüínea: 
·         Circulação pulmonar  ou pequena circulação. 
·         circulação sistêmica ou grande circulação.



B) Ciclo cardíaco:
B.1) sístoles e diástole: as câmeras do coração contraem-se e dilatam­-se alternadamente 70 vezes por minuto. O processo de contração de uma câmera cardíaca denomina-se de sístole, e o relaxamento de diástole.

 

sistema de condução

Propriedade automatismo cardíaco.  O sistema de condução é formado por:
·         Nó sinu-atrial –“marcapassos” do coração, ritmicidade , impulso espalha-se sobre uma formação situada na parede do átrio direito.
·         Nó átrio-ventricular – localizado na porção inferior do septo inter-atrial e se propaga aos ventrículos através do feixe átrio-ventricular, depois emite ramos direito e esquerdo. Chamado feixes de risser.
Ciclo cardíaco - é uma seqüência completa de sístoles e diástoles  das câmaras cardíacas e dura cerca de 8 décimos de segundo. Um ciclo inicia-se com sístole dos átrios, estes bombeiam sangue para o interior dos ventrículos, que se encontram em diástole. As válvulas presentes nas entradas das veias cavas (junto ao v.e.) E das veias pulmonares (junto  ao v.d.) fechan-se, evitando refluxo do sangue.
Passados cerca de 3 décimos de segundo do inicio do ciclo, o V.D. e V.E.  entram em sístole  e bombeiam o sangue. Respectivamente, p/ a artéria pulmonar e aorta. Durante  a sístole ventricular, as válvulas tricúspides e mitral fecham-se evitando o retorno de sangue  para os átrios. Enquanto a sístole ventricular progride, os átrios entram em diástole, enchendo-se novamente de sangue, e o ciclo se completa.
     
Freqüência cardíaca -  a freqüência com que as câmaras cardíacas contraem-se e relaxam-se. Varia de acordo com o grau de atividade e situação emocional da pessoa.

Ø  Sono:                                35 a 50 bpm
Ø  Atividade normal:            60 a 80 bpm
80 a 100 bpm
Ø  Atividade física:              até 180 bpm


 Sangue

A distribuição do sangue pelo organismo bem como a volta do sangue ao coração, ocorre graças a movimentos rítmicos da musculatura cardíaca. Estes movimentos compreendem contratação e dilatação das fibras  cardíacas, chamados tecnicamente de sístole (contração) e diástole (dilatação). No adulto o número normal de batimentos por minuto é de 60 a 80 vezes. No entanto, a freqüência cardíaca pode variar de 80 a  100 vezes por minuto sem que isto constitua uma anormalidade.

SANGUE

O sangue é um líquido vermelho que circula no sistema fechado do coração e vasos sanguíneos. Estima-se que ele corresponda a 7% do peso  corpóreo. Um indivíduo adulto possui cerca de 5 a 6 litros de sangue no organismo.
Quando acondicionamos em um recipiente um certo volume de sangue  notamos, algum tempo depois, a delimitação de 2 partes distintas: uma, parte líquida, ligeiramente amarelada, e uma parte compacta, bem vermelha.
O componente líquido do sangue é o plasma, onde se encontram suspensão vários elementos, como íons e moléculas orgânicas e inorgânicas, proteínas (albumina, globulina, etc.) e anticorpos. Todos estes elementos estão em suspensão na água. Resumindo: o plasma é formado por água + partículas em suspensão.
A parte sólida do sangue é formada pelos elementos figurados ou  seja as hemácias, que também são conhecidas como eritrócitos ou glóbulos  vermelhos, os leucócitos ou glóbulos brancos, e as plaquetas.
·         Hemácias -  aproximadamente 5.000.000 de eritrócitos por mm³ de  sangue, sendo que este número é maior no homem do que na mulher. Sua principal função é o transporte de gases através do sangue, ou seja  levar o oxigênio dos pulmões às células e levar o gás carbônico destas  células aos pulmões para ser eliminado.
O quadro de anemia é ocasionado pela baixa do número de no sangue.
·         Leucócitos -  no indivíduo sádio, o sangue contém um total de 7.000 leucócitos por mm³ aproximadamente. Sua principal função é combater os microorganismos que invadem nosso corpo. Estes defensores podem atravessar a parede dos vasos sanguíneos pelos poros e englobar os microorganismos, destruindo-os. Após isso “morrem”e transforman-se  em piócitos (células de pus).
O aumento do número de leucócitos no sangue recebe o nome de leucocitose e poderá indicar um processo infeccioso já a baixa do número de leucócitos recebe o nome de leucopenia e poderá indicar baixa resistência a um quadro infeccioso.
·         Plaquetas -  as plaquetas sanguíneas são as menores células do sangue. Normalmente, há cerca de 250.000 por mm³ de sangue. Possuem importante papel na coagulação sanguínea.

Grupos sanguíneos

a)      Sistema ABO
Em 1900, landsteiner estabeleceu a tabela de doação e recepção de sangue que não conduz a erros fatais. Para tanto, juntou hemácias de um indivíduo com soro sanguíneo de outros e observou que, às vezes ­ocorria uma reação do tipo aglutinação, ou seja, as hemácias se aglomeravam, formando grumos visíveis a olho nu. Diante desse fato, landsteiner concluiu que no plasma (ou soro) sanguíneo existem anti-corpos naturais responsáveis pela aglutinação das hemácias.
Antígeno  é a substância capaz de estimular a produção de um anticorpo. Anticorpo é a substância de defesa com ação específica sobre antígeno.
Conforme a reação determinada pelos anticorpos, landsteiner classificou os indivíduos em quatro tipos, reconhecidos como grupos sanguíneos do sistema abo:
·         Em várias ocasiões, a medicina se serve das transfusões de sangue como medida terapêutica para salvar vidas (caso de cirurgia, acidente com hemorragia grave, hemofilia, etc.).
Para não ocorrer a formação de grumas (aglutinação) obstruindo vasos sangüíneos importantes, a transfusão deverá seguir rigorosamente o esquema abaixo.



Grupos sangüíneos
Aglutigênios
Aglutininas
A
B
Ab
O
A
B
A e b
Nenhuma
Anti-b
Anti-a
Nenhuma
Anti-a e anti-b
a)      Fator Rh
Por volta de 1940, foi descoberto por landsteiner e wiener outro elemento hereditário do sangue, denominado fator rh. Rh vem do nome do macaco rhesus, em que inicialmente foi feita a experiência que  segue:
Injetou-se sangue do macaco Rhesus num coelho. Formaram-se então, no plasma anticorpos específicos que aglutinavam as hemácias de todos! Os macacos rhesus.
Quando em contato com o sangue humano, os anticorpos anti-Rh determinavam aglutinação em cerca de 85% dos indivíduos. As pessoas cujo sangue aglutina quando em contato com o soro anti-Rh são portadoras do fator rh e classificadas como Rh-positivas (Rh+). As pessoas Rh-negativas (Rh-) não possuem o fator rh.