segunda-feira, 11 de março de 2013

SISTEMA ESQUELÉTICO


Introdução

O sistema esquelético é o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo dos animais e desempenhar várias funções. Ossos são peças rígidas, de número, coloração e formas variáveis e que, em conjunto, constituem o esqueleto.

Funções exercidas pelo esqueleto:
·         Sustentação e conformação do corpo;
·         Proteção para alguns órgãos;
·         Armazenamento de íons de Ca e P;
·         Apoio para músculos esqueléticos se inserirem;
·         Formação de a1gumas células do sangue.

Tecidos que formam o esqueleto:

·         Tecido cartilaginoso - no esqueleto de uma pessoa adulta as cartilagens situam-se nas extremidades dos ossos que se articulam, permitindo o deslizamento suave de um osso sobre outro. Entre as vértebras há discos de cartilagem cuja função é de amortecer impactos sobre a coluna vertebral.

A cartilagem e constituída por um material rico em fibras colágenas e em condrina, substância mucopolissacarídica com consistência de borracha. Esses componentes são produzidos por células denominadas condroblastos. Ao envelhecer, os condroblastos passam a ser chamados de condrócitos.
O tecido cartilaginoso não possui vasos sangüíneos. Sua nutrição e feita pelos vasos sangüíneos situados no tecido conjuntivo que envolve a cartilagem, o pericôndrio. No pericôndrio existem alguns fibroblastos que podem se transformar em condroblastos, permitindo o crescimento e, eventualmente, a regeneração do tecido cartilaginoso.


·         Tecido ósseo - o esqueleto de um individuo adulto é constituído por tecido ósseo, um tipo de tecido conjuntivo que as células secretam fibras colágenas e fosfato de cálcio. A união do fosfato de cálcio com as fibras, faz com que os ossos sejam mais rígidos que as cartilagens.

Um osso é formado por unidades denominadas sistema de havers. Cada um dos sistemas consiste de camadas concêntricas de matriz mineralizada, depositadas ao redor de um canal central, onde há vasos sangüíneos e nervos.
As células que formam os ossos são chamadas de osteoblastos. Ao envelhecer , os osteoblastos passam a ser chamados de osteócitos. Estes estão situados na matriz óssea, e comunicam-se através de canalículos, por onde se difundem substancias nutritivas e o oxigênio proveniente do sangue.
No osso há células grandes e especializadas, os osteoclastos, cuja função é destruir áreas lesadas ou envelhecidas do osso, abrindo caminho para a regeneração do tecido ósseo. Os ossos estão em contínua remodelação, pela atividade conjunta de destruição e reconstrução empreendida, respectivamente, pelos osteoclastos e osteoblastos.
 

Tipos de esqueleto:

·         Esqueleto articulado: quando o esqueleto apresenta-se unido com outras as peças. A união dos ossos pode ser natural, artificial e misto.
·         Esqueleto desarticulado: os ossos são isolados uns dos outros.

Quando se percorre a escala zoológica, verifica-se os seguintes tipos de esqueleto: exoesqueleto; endoesqueleto.

Divisão do esqueleto:

O esqueleto pode ser dividido:

Esqueleto axial

·         Cabeça
Ossos do crânio: frontal – parientais – temporais – occipital – esfenóide –etmóide
Ossos da face:                             maxilas – palatinos – lacrimais – vômer – nasais – zigomáticos – mandíbula – conchas nasais  inferiores 








         Ossos do tórax

12 pares de costelas:       7 pares de costelas verdadeiras
                             3 pares de costelas falsas
                                                         2 pares de costelas flutuantes


Esterno: manúbio
   corpo do esterno
                                processo xifóide 


 

Esqueleto apendicular

·         Ossos dos membros superiores
Escápula e clavícula
Braço – úmero
Antebraço – ulna e rádio
Carpo
Metacárpicos/metacarpos
Falanges:                         Falanges  proximal
                                        Falanges média
                                        Falanges distal





·         Osso dos membros inferiores
Ossos do quadril – ílio –ísquio – púbis
Coxa – fêmur e patela
Perna – tíbia e fíbula
Tarso
Metatarso
Falanges                          Falanges  proximal
                                        Falanges média
                                        Falanges distal            




Número de ossos:

No individuo adulto, o numero de osso e de 206 este número varia se levarmos em consideração os fatores: etário; individuais; e crit6rios de contagem.



 Classificação dos ossos:

De acordo com a forma, os ossos podem ser:
·         Osso longo: é aquele que apresenta um comprimento consideravelmente maior que a espessura e largura. O osso longo possui duas extremidades, denominadas epifises e um corpo, a diáfise. Esta possui, no seu interior, uma cavidade - canal medular, que aloja a medula óssea. Por esta razão os ossos longos também podem ser chamados tubulares. Nos ossos em que a ossificação ainda não se completou, e possível visualizar entre a epífise e a diáfise um disco cartilaginoso - cartilagem epifisal, relacionada com o crescimento do osso em comprimento.
Exemplos típicos: fêmur, úmero, radio, ulna, tíbia, fíbula, falanges.

·         Osso curto: é aquele que apresenta equivalência das três dimens6es. Exemplos: ossos do carpo e tarso.
·         Osso irregular: apresenta morfologia complexa que não encontra correspondência em formas geométricas conhecidas. Exemplos: vértebras e osso temporal.
·         Osso pneumático: apresenta uma ou mais cavidades, de volume variável, revestidas de mucosa e contendo ar. Estas cavidades são denominadas de seio ou sinus. Exemplo: frontal, maxilar, temporal, etmóide e esfenóide (ossos do crânio).
·         Ossos sesamoides: desenvolvem-se na substancia de certos tendões ou cápsula fibrosa que envolve certas articulações. Exemplo: patela.
·         Osso laminar: denominado também de osso plano
Exemplos: parietal, escapula e osso do quadril.

 Tipos de substância   óssea:

·         Substância óssea compacta: as lamínulas de tecido ósseo encontram-se fortemente unidas umas as outras pelas suas faces, sem que haja espaço livre interposto. Por esta razão, este tipo e mais denso e rígido.
·         Substância óssea esponjosa: as lamínulas ósseas, mais irregulares em forma e tamanho, se arranjam de forma a deixar entre si espaços ou lacunas que se comunicam umas com as outras.

 Elementos descritivos da superfície dos ossos:

Os ossos possuem na sua superfície, depressões, saliências e aberturas. As saliências servem para articular os ossos entre si ou para fixação de um músculo, ligamentos, cartilagens etc. As superfícies que se destinam à articulação com outras são denominadas articulares; são lisas e revestidas por cartilagem. As depressões podem, como as saliências, ser articulares ou não. Entre as aberturas, encontram-se os nervos e vasos.

 Periósteo:

Delicada membrana conjuntiva que reveste os ossos, exceto superfícies articulares. Apresenta dois folhetos: um superficial e outro profundo, este em contato direto com a superfície óssea. A camada profunda e denominada osteogenica pelo fato de suas células se transformarem em células ósseas, que são incorporadas à superfície do osso, promovendo seu espessamento.


 Nutrição:

O osso, seja devido à sua função hemopoiética, seja pelo fato de se apresentarem com desenvolvimento lento e contínuo, são altamente vascularizados. As artérias do periósteo penetram no osso, irrigando-o e distribuindo-se na medula óssea.

Medulas ósseas


Dentro dos ossos longos encontramos as medulas ósseas vermelhas e amarela:
·         Medula  vermelha – localizam entre as trabéculas ósseas nos ossos longos (nas epífises), está relacionado a formação de células sangüíneas;
·         Medula amarela  - encontrada na diáfise, serve para diminuir o peso do osso e alojar reserva de gordura.


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